HISTÓRIA DO MUNICÍPIO
A história de Vitória está intimamente ligada à colonização do Brasil. Em 1534, o rei de Portugal, D. João III, dividiu as terras do Brasil em capitanias hereditárias, cabendo a Capitania do Espírito Santo ao fidalgo Vasco Fernandes Coutinho.
Explorando a região, os portugueses, necessitando encontrar um local mais seguro para guardarem-se dos ataques indígenas e de estrangeiros - holandeses e franceses - seguiram pela baía de Vitória e, contornando a ilha, aportaram em Santo Antônio. Em 08 de setembro de 1551, os portugueses venceram acirrada batalha contra os índios goitacazes, e entusiasmados pela vitória, passaram a chamar a ilha de Ilha de Vitória, escolhendo o local para afixarem-se.
Neste mesmo ano, Afonso Brás, padre jesuíta, fundou o colégio da ordem em Vitória, onde se situa hoje o Palácio Anchieta, sede do governo estadual. Nos trezentos anos iniciais de sua história, Vitória foi uma vila-porto, tendo enfrentado franceses e ingleses atrás de açúcar e pau-brasil e, no século XVIII, os holandeses.
Até meados do século passado, os limites urbanos da então cidade eram o atual Forte São João, onde está o Clube de Regatas Saldanha da Gama, e o morro em que se ergue o Hospital da Santa Casa de Misericórdia, na Vila Rubim.
Em meio ao pequeno núcleo urbano, de feição nitidamente colonial, havia "capixabas" - roças, na língua dos índios - expressão que acabou servindo para denominar os habitantes da ilha e, posteriormente, todos os espírito-santenses.
A data escolhida para comemoração do dia da cidade é 08 de setembro. No entanto a data da emancipação política do município é 24 de fevereiro de 1823, quando um decreto lei imperial de mesma data concedeu fórum de cidade à Vitória.
Os índios chamavam a ilha de Vitória de Guanaaní ou "Ilha do Mel", pela beleza de sua geografia e amenidade do clima, com a baía de águas piscosas e manguezal repleto de moluscos, peixes, pássaros e muita vida.
Neste século, pela ocupação dos morros que refletem as luzes das casas nas águas da baía, Vitória passou a ser chamada de "Cidade presépio do Brasil", depois, "delícia de ilha". O compositor Pedro Caetano, conhecido nacionalmente, compôs sobre Vitória uma canção que começa dizendo que Vitória é "cidade sol de céu sempre azul".
ROTEIRO HISTÓRICO DE VITÓRIA
Vitória, fundada oficialmente em 8 de setembro de 1551, possui um dos conjuntos arquitetônicos mais representativos da evolução histórica nacional. Os imóveis históricos da cidade encontram-se no Centro de Vitória.
A cidade, que nasceu Nossa Senhora da Vitória, guarda igrejas seculares. O imóvel mais antigo do município é a Capela de Santa Luzia na Cidade Alta, construída antes da fundação de Vitória pelo donatário Duarte Lemos. Com traços arquitetônicos simples e erguida sobre uma rocha, sedia, desde 1976, uma galeria de arte.
Sobreviveram ao tempo a fachada, as colunas, as muralhas e o sino do Convento de São Francisco, construído em 1597, que foi a primeira edificação a ter abastecimento de água em Vitória. Situado na Cidade Alta, conserva características típicas do estilo Colonial e do Barroco. Sua fachada abriga compartimentos que funcionam como sede da Arquidiocese de Vitória.
Também é do século XVI o Palácio Anchieta, sede do Governo do Estado. O prédio, localizado na Cidade Alta, guarda o túmulo do padre José de Anchieta e, até 1760, abrigou o Colégio de São Tiago, mantido pelos jesuítas.
Outro ponto turístico é a Capela do Carmo, uma construção do século XVII, oferece missa com regularidade aos fiéis e faz parte do Convento do Carmo, estando localizada no Centro da cidade.
Do século XVIII e com forte influência da cultura negra, a cidade preserva a Igreja do Rosário e a Igreja de São Gonçalo, ambas restauradas e situadas no Centro.
A Igreja de São Gonçalo foi inaugurada em 1766 e abriga a antiga Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção, atualmente Venerável Arquiconfraria. Localizada na Cidade Alta, próxima ao Palácio Anchieta, foi tombada pelo Patrimônio Histórico Artístico e Cultural em 1948.
Já a Igreja do Rosário foi edificada pela provisão do bispado da Bahia, através da solicitação da Irmandade dos Homens Pretos. A construção é tombada pelo Patrimônio Artístico e Cultural.
O Museu Solar Monjardim, residência do Barão de Monjardim, erguido no final do século XVIII, é um belo exemplar da arquitetura rural do sudeste brasileiro de então. Localizado no bairro Jucutuquara, essa é a principal construção histórica localizada fora do Centro de Vitória, berço da cidade.
Entre as construções do século XX, destacam-se a Catedral Metropolitana, em estilo neogótico, e o Santuário de Santo Antônio localizado no bairro de mesmo nome, réplica de um templo italiano do século XVI, consagrado a Maria, na cidade de Todi.
A Catedral Metropolitana, localizada próximo ao Palácio Anchieta, na Cidade Alta, dispõe de vitrais valiosos e, no seu subsolo, há uma capela onde estão enterrados os bispos do Espírito Santo. Já o Santuário de Santo Antônio foi construído pelos padres Pavonianos na década de 60, tem arquitetura em estilo Barroco, possuindo três cúpulas.
A cidade também apresenta outros imóveis antigos de valores históricos, artísticos e culturais. O Teatro Carlos Gomes, na Praça Costa Pereira, Centro, foi construído em 1927, é uma réplica do Scala, de Milão. Foi projetado pelo arquiteto Homero Massena. Em sua arquitetura predomina o estilo neo-renascentista italiano.
O estilo eclético destaca-se no prédio da Escola de Arte FAFI e no Mercado da Capixaba, também edificados no final dos anos 20. O prédio da FAFI, onde hoje funciona uma escola de arte, já abrigou um grupo escolar, uma escola de Filosofia, entre outros.
O Mercado da Capixaba, que hoje, no seu segundo andar, abriga a Secretaria Municipal de Cultura, foi inaugurado em novembro de 1926, passando a compor a nova paisagem urbana de Vitória, rompendo com o passado colonial. Em 1983, o prédio foi tombado pelo Conselho Estadual de Cultura.
As escadarias também contam história em Vitória. O Centro Antigo está situado na parte alta da cidade - os aterros são obra mais recente - por isso, construíram-se escadarias para ocupar os relevos da ilha. A escadaria mais antiga é a São Diogo, do século XVIII.
Uma das mais conhecidas, a Maria Ortiz, tem esse nome em homenagem à mulher considerada heroína na luta contra invasores holandeses em tempos coloniais. A escadaria Bábara Lindemberg, ou escadaria do Palácio, guia com seu estilo eclético à sede administrativa do Governo do Estado.
Construída pelo francês Justin Norbert, conta com fonte e estátuas em mármore que representa as quatro estações do ano. A cidade tem várias outras escadarias que levam aos cenários de sua história.
PARQUES
PLANETÁRIO MUNICIPAL
O planetário projeta, em uma cúpula de 10 metros de diâmetro, o céu de Vitória (estrelas e constelações), o movimento diurno da esfera celeste, o sistema solar, o planeta Júpiter e Meteoritos. Funciona no Campus Universitário.
PARQUE MUNICIPAL GRUTA DA ONÇA
Área de lazer com trilhas, praças, chafariz e orquidário. Possui vegetação remanescentes da mata atlântica. Localiza-se na av. Jerônimo Monteiro esquina com a rua Henrique Novais.
HORTO MUNICIPAL DE MARUÍPE
Possui uma área de 66.129 m2, parque com espécies da mata atlântica, córregos e palmeiras imperiais.
PARQUE DA FONTE GRANDE
É uma elevação montanhosa de 312 metros de altitude com vegetação remanescente da Mata Atlântica de encostas, que abriga elementos naturais de grande beleza, onde se encontram torres de TV e rádio. Oferece vista panorâmica da cidade. Localiza-se na Av. Serafim Derenzi.
PARQUE PEDRA DA CEBOLA
Localizado no bairro Mata da Praia, com área de 100.005m² de puro lazer e diversão.