Localizado na ponta do Gragoatá, com ampla visão da entrada da Baía de Guanabara, o Forte do Gragoatá foi construído entre os séculos XVII e XVIII, com o nome de Forte de São Domingos, em homenagem ao patrono da capela construída em 1652, hoje matriz de São Domingos.
A data de sua construção é dado histórico contraditório, que oscila de 1610 a 1710, conforme a fonte consultada e os registros citados pelos historiadores: Salvador da Mata e Silva fixa o início da construção em 1610 e afirma ser o Gragoatá o segundo forte mais antigo de Niterói; os arquivos do IPHAN registram que o Forte já existia em 1660, quando vários oficiais se dirigem à Coroa portuguesa, solicitando sua conservação e reparação; José de Souza Pizarro de Araújo, em Memórias Históricas do Rio de Janeiro, considera a construção anterior a 1698, por haver a Carta Régia de 17 de Novembro desse ano, mandando pagar a Pedro de Barros a despesa de obras realizadas no Gragoatá; finalmente, Aníbal Barreto afirma que a construção do Forte foi por volta de 1710, contando com 10 peças de artilharia e 426 balas, segundo relatório de Antônio de Brito Menezes à Corte Portuguesa.
Sabe-se que cerca de um século após a construção, o Forte é reconstruído por ordem do Marquês do Lavradio, vindo a ser desativado em 1831, quando ocorre a desativação ou redução do potencial das fortificações do Brasil. Em 1863, entretanto, o Gragoatá é ampliado, reparado e rearmado, tendo participação importante, em 1893, na Revolta da Armada.
Transformado em sede do Batalhão Acadêmico, formado de jovens da Politécnica e das Escolas Militares, o Forte, sob Comando do Capitão Agostinho Ramindo Gomes de Castro, reage à ação das forças revoltosas, impedindo seu desembarque na enseada do Gragoatá, apesar de duramente atacado pelo navio Aquidabã, e defende Niterói e o governo de Floriano Peixoto.
O Forte do Gragoatá, que faz limite com a praia e a praça de mesmo nome, com seus muros brancos e sólidos, suas guaritas como que dependuradas sobre o mar, seus velhos canhões desativados e seu portão solene em madeira de lei, já abrigou a Seção de Comando do Grupamento Leste da Artilharia de Costa e hoje é sede do Comando da 2ª Brigada de Infantaria, sendo monumento tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Local.: Praia do Gragoatá,145 - Gragoatá.
Tel.: 719-4155
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